quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Alckmin lança edital da PPP da Linha 6-Laranja

30/01/2013 - Revista Ferroviária

O governador Geraldo Alckmin lança nesta quarta-feira (30/01) o edital da concorrência internacional para as obras de construção da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. A obra será em regime de Parceria Público-Privada (PPP) e deve começar em julho de 2014. O investimento na linha está estimado em R$ 8 bilhões.

A Linha 6-Laranja terá 15,9 quilômetros, incluindo os pátios, ligando a Brasilândia a São Joaquim. A nova linha terá 15 estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica-Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim.

A demanda prevista é de 633,6 mil passageiros/dia, beneficiando ainda grandes centros educacionais, como Unip (Universidade Paulista), Uninove (Universidade Nove de Julho), PUC (Pontifícia Universidade Católica), Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), Mackenzie e FMU (Faculdade Metropolitanas Unidas). Por esta razão, já é conhecida como a "linha das universidades".

O edital ainda prevê a eventual expansão da linha entre Vila Brasilândia-Bandeirantes (estações Morro Grande, Velha Campinas, Centro de Convenções Pirituba, Vila Clarice e Bandeirantes).

O edital deve ser disponibilizado no site do metrô - www.metro.sp.gov.br - até sexta-feira (01/02).

Leia também:

Cai último entrave para obra da 'linha das universidades'

Metrô SP prevê monotrilho na extensão da Linha 6

30/01/2013 - Estado de S. Paulo

A Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo - entre Brasilândia, na zona norte, e o centro da capital - nem começou a ser construída e o governo do Estado já fala em estendê-la. Ontem, no evento que lançou o edital para as obras do empreendimento, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que estuda alongá-la até a Rodovia dos Bandeirantes, na zona norte. Esse ramal, com 6 km de extensão, deverá ser um monotrilho, diferentemente do trecho inicial de 15,9 km e 15 estações, todo de metrô convencional. Será o 4.º monotrilho previsto para funcionar na cidade.

"Já estamos desenvolvendo o projeto de mais cinco estações", afirmou o governador, acrescentando que a escolha do modal monotrilho se deve pelo fato de esse tipo de obra ser mais rápida de ser executada que um sistema metroviário comum. Além disso, Alckmin alegou que a quantidade de passageiros não será tão grande. "Como é final da linha, você não tem mesma demanda."

As paradas mencionadas ontem são Morro Grande, Velha Campinas, Centro de Convenções Pirituba, Vila Clarice e Bandeirantes. Mas o governo frisou que o benefício para os moradores dessa região da cidade, carente de transporte público de qualidade, só se materializará nesta década se São Paulo for escolhida a sede da Feira Mundial de 2020 - o terceiro maior evento do planeta, atrás apenas da Copa da Fifa e da Olimpíada. O resultado deve sair no fim deste ano.

Isso porque o provável monotrilho passaria pelo centro de exposições que o poder público quer construir em um terreno de 5 milhões de metros quadrados em Pirituba, na zona norte. Esse complexo será a sede da Expo 2020, caso a cidade seja eleita.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou que, se essa extensão da linha sair do papel, a Estação Vila Clarice da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) será reformulada, ganhando uma terceira plataforma, só para trens usados nos eventos da feira. O dirigente disse que se São Paulo perder a Expo 2020 terá "de repensar as prioridades" para fazer esse ramal.

Mas quem vive na região reclama da atual rede de transportes sobre trilhos, restrita à Linha 7. "O senhor tem de pegar o trem para saber, é péssimo!", gritou um morador para Alckmin.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Protótipo do monotrilho da Linha 15 – Prata deve ser testado em Fevereiro

14/12/2012 - Via Trólebus

O Metrô de São Paulo divulgou data para início dos testes com o primeiro trem do Monotrilho da Linha 15 – Prata, ramal que no futuro vai ligar a estação Ipiranga até o Hospital Cidade Tiradentes, e que no segundo semestre do ano que vem inicia a operação de trecho Vila Prudente – Oratório.
De acordo com a Companhia, foi iniciado a montagem do terceiro "carro" (vagão) do primeiro trem. Paralelamente, outra composição, o "protótipo" da frota, está sendo montado no Canadá, e deverá iniciar período de testes em fevereiro do próximo ano. Ao todo serão 54 trens de 7 carros para a linha 15 – Prata que estão sendo fabricados pela Bombardier em Hortolândia, interior de São Paulo, local da foto:

Também está em construção a Linha 17 – Ouro, um monotrilho que deve liga o Morumbi até o Aeroporto de Congonhas. O terceiro monotrilho, que deve ligar a estação Tamanduateí até São Bernardo do Campo, com a denominação "18-Bronze" deve ser licitado o ano que vem.

Por Renato Lobo | Imagem de Sérgio Mazzi

Campo Belo terá quatro estações do monotrilho

16/12/2012 - Folha de S. Paulo

Apesar de ter gerado polêmica entre os moradores da zona sul, que se queixam do possível impacto estético e ambiental do monotrilho, a linha 17-ouro do metrô tende a contribuir para a valorização imobiliária do Campo Belo. As vias do monotrilho já estão sendo construídas no canteiro central da avenida Roberto Marinho.

Segundo o Metrô, as obras do primeiro trecho (estação Morumbi - aeroporto de Congonhas) estão previstas para serem entregues em 2014. No Campo Belo, haverá quatro estações:

Campo Belo

- estação Congonhas (avenida Washington Luís, esquina com rua Lourical)

- estação Jardim Aeroporto (avenida Jornalista Roberto Marinho, esquina com avenida Washington Luís.

- estação Brooklin (avenida Jornalista Roberto Marinho, entre a rua Cristóvão Pereira e rua Vicente Leporace)

- estação Vereador José Diniz (avenida Jornalista Roberto Marinho, entre a rua Sargento José Roque da Silva e a avenida Vereador José Diniz).

"As obras da linha 17-ouro do metrô, além da linha 5-lilás, que passará ao lado, na avenida Santo Amaro, trarão valorização para a região", aposta Cyro Nausel, diretor de atendimento da Lopes.

O primeiro trecho começou a ser construído no dia 29 de março de 2012 e terá 7,7 km de extensão. Segundo o Metrô, os investimentos previstos para a linha são de R$ 2,8 bilhões (sistemas e vias).

Colunas do futuro monotrilho da zona leste já são pichadas

Colunas do futuro monotrilho da zona leste já são pichadas

11/01/2013 - O Estado de São Paulo

Pilastras de concreto de até 15 metros ainda não receberam camada de verniz, o que facilitaria limpeza dos rabiscos

As colunas da futura Linha 15-Branca do Metrô ainda não servem ao propósito de sustentar os trens do monotrilho que circularão por ali, mas já são alvo de pichações. Trechos da obra na Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo foram vandalizados em Sapopemba e no Parque São Lucas, ambos na zona leste. Para tentar evitar novos casos, escadas de serviço usadas na construção tiveram de ser isoladas com tapumes de madeira.

Feitas de concreto, as estruturas - de até 15 metros de altura - ainda não receberam camada de verniz antipichação, o que facilitaria sua limpeza. Com o objetivo de dissuadir grafiteiros, o Consórcio Expresso Monotrilho Leste, responsável pela construção, chegou a instalar uma placa pedindo o fim da prática criminosa. "Por favor, não pichem nem grafitem nas obras", diz o texto, acrescentando que isso prejudicaria o andamento de projetos educacionais na região, como oficina de grafite.

Moradores do entorno reclamam das pinturas. "Nem inauguraram e estão vandalizando. Acho que o poder público deveria tomar alguma providência mais enérgica. Deveriam fiscalizar", afirma o taxista José Sassa, de 64 anos.

A copeira Sandra Aparecida Marques, de 53 anos, também é vizinha da construção. "É à noite que a molecada faz essas pichações. Acho que poderiam fiscalizar melhor nesses horários."

O Metrô prometeu construir uma ciclovia e colocar plantas sob a estrutura elevada do monotrilho. Em nota, a empresa, que é controlada pelo governo do Estado, informou ontem que, apesar das pichações, "não há trechos vandalizados" no local e "duas vigas que foram pichadas estão sendo recuperadas".

Posicionadas na horizontal e sustentadas pelas colunas, essas estruturas formam o "trilho" por onde os trens vão deslizar. Algumas também receberam grafites.

O Metrô divulgou ainda que, "para preservar" o patrimônio, "vigilantes contratados pela construtora realizam rondas constantes nas obras". Além disso, a empresa disse que "as estruturas serão protegidas por uma aplicação de verniz antipichação" - quando as obras forem concluídas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Estado de SP inclui Diadema na rota do VLT até Congonhas

17/01/2013 - Diário do Grande ABC

O governo do Estado sinalizou que Diadema entrará no trajeto da Linha 17-Ouro do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que liga o aeroporto de Congonhas ao Jabaquara

Ainda não existe prazo para a obra ser iniciada (Imagem: Reprodução)

A extensão de dez quilômetros na rota projetada vai até o bairro Ferrazópolis,em São Bernardo, onde termina a Linha 18-Bronze, o que proporcionaria a interligação dos trens.

A articulação política para viabilidade do projeto foi comandada pela deputada estadual Regina Gonçalves (PV-Diadema), que anunciou ontem a conquista após se reunir com o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV).

A interlocução foi feita diretamente com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Diadema ficou isolada nos projetos estaduais para melhorar a mobilidade urbana. O governador percebeu que não seria justo com o município pela importância política e econômica que a cidade tem para São Paulo", analisou a parlamentar.

Regina afirmou que desde o ano passado mantém conversas com o Estado para consolidar o projeto de extensão da linha. "O projeto estava sendo estudado desde o segundo semestre do ano passado. Constatamos primeiro a viabilidade técnica e depois houve a capacidade política de conversar. Não falamos antes por conta do período eleitoral", destacou a verde.

A pedido de Alckmin, o secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini, já incluiu os dez quilômetros necessários para que os trens cheguem até o Ferrazópolis. O metrô de superfície ajudará na integração do Grande ABC, principalmente pela baldeação possível entre a Linha 17-Ouro e Linha 18-Bronze, que terá 20 quilômetros de extensão.

Ainda não existe prazo para a obra ser iniciada. O trecho que vai até o Brooklin tem previsão para ser entregue em 2015 e atenderia, inicialmente, cerca de 250 mil pessoas. As desapropriações no bairro Jabaquara tiveram início no ano passado.

Nas próximas semanas, Lauro e Regina devem se encontrar com Alckmin para acertar detalhes da intervenção. A cidade não precisará apresentar contrapartida ao Estado pela construção do VLT. "O governador está empenhado em melhorar a mobilidade urbana na Região Metropolitana e viu que Diadema faz parte desse processo", completou a deputada.

Marcando território

O chefe do Executivo diademense reiterou que Regina terá todo apoio da administração na sua reeleição em 2014. A parlamentar enfrenta a concorrência do deputado estadual Orlando Morando (PSDB)- o tucano tem grande proximidade com Lauro – e do secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB).

Regina destacou que o apoio do prefeito demonstrou o compromisso partidário do correligionário. "O Lauro vai se tornar uma liderança dentro do PV e mostra que tem construído uma vida dentro da sigla. Temos um governo plural, mas mostramos que, acima disso, possuímos um projeto político", disse Regina.

Fonte: Diário do Grande ABC, Por Cynthia Tavares

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

MPE investe na construção de monotrilhos

03/01/2013 - Valor Econômico

Com dois contratos já assinados e de olho nas possibilidades da difusão do modal no país, o grupo fluminense MPE está investindo, em parceria com a empresa malaia Scomi, aproximadamente R$ 60 milhões na construção de duas fábricas de monotrilhos, uma no Rio de Janeiro e outra em Manaus. Mais adiantada, a fábrica carioca, no bairro de Santa Cruz (zona Oeste), será inaugurada no dia 24 deste mês e tem como sustentação o contrato para a construção dos 72 vagões que irão compor os 24 trens da linha 17 (Ouro) do Metrô de São Paulo, ligando a estação Jabaquara, da linha 1 (Azul), à estação Morumbi, da linha 4 (Amarela), com passagem pelo aeroporto de Congonhas.

A construção da fábrica do Rio de Janeiro consistiu, basicamente, na reforma de instalações já existentes e consumiu investimento de R$ 25 milhões. Segundo Adagir de Salles Abreu Filho, diretor-superintendente da MPE Montagens e Projetos Especiais, foi feito apenas um galpão novo de 1,8 mil m2 de uma área construída total de 7,5 mil m2 e uma área total de 41 mil m2. A fábrica pertence integralmente à MPE que participa, junto com a Scomi e as construtoras CR Almeida e Andrade Gutierrez, do consórcio responsável pela construção da linha 17 do monotrilho paulista.

Tanto a fábrica do Rio quanto a de Manaus terão incentivos fiscais. A primeira pagará apenas 2% de ICMS nas compras e vendas, segundo estabelece a legislação estadual chamada Rio Ferroviário. A do Amazonas receberá os incentivos previsto na lei da Zona Franca de Manaus.

A Scomi é uma das grandes fabricantes mundiais de monotrilhos, assim como a canadense Bombardier e a japonesa Hitachi. A Bombardier, em consórcio com a Queiroz Galvão, detém o contrato para a construção do Expresso Tiradentes, monotrilho de 23,8 quilômetros que é um prolongamento da linha 2 (Verde) do metrô paulistano.

No projeto da linha 17, a Scomi entrará com a tecnologia e fornecerá, diretamente da Malásia, o primeiro dos 72 carros, além de fabricar na Ásia todos os "trucks" (sistemas de rodas) e os sistemas eletrônicos dos veículos. De acordo com Abreu Filho, esses dois componentes serão os únicos que serão importados prontos e representarão 11% do preço dos trens. O restante será feito no Brasil, com partes importadas, mas com índice total de nacionalização, segundo ele, não inferior a 60%.

O projeto de Manaus será executado por uma associação formal entre a MPE (52,5%), a Scomi (37,5%) e a empresa de automação industrial Brassell (10%), batizada de Quark. Ela será subcontratada da Scomi na obra. A companhia da Malásia integra, junto com as construtoras Serveng, Mendes Júnior e CR Almeida, o consórcio encarregado de construir os 20 quilômetros do monotrilho de Manaus (Centro-Zona Norte) que deveria ser feito para a Copa do Mundo, mas que agora está previsto para ficar pronto em 2015.

A fábrica de Manaus custará aproximadamente R$ 35 milhões e o terreno já foi adquirido por R$ 190 mil da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Abreu Filho disse que a fábrica vai produzir 59 dos 60 carros (o primeiro será fabricado na Malásia) dos dez trens que irão operar no monotrilho amazonense. A ideia é que a fábrica do Rio dê apoio à unidade de Manaus, podendo também os tetos e pisos dos vagões amazonenses serem feitos na unidade carioca.

Segundo Renato Abreu, presidente do grupo MPE, a Quark será uma empresa voltada para disputar a construção de trens e também os sistemas operacionais (elétricos, eletrônicos, de telecomunicações e de sinalização) das redes de monotrilhos que venham a ser construídas no Brasil. Para ele, assim que o primeiro monotrilho de São Paulo entrar em operação, sua eficácia para operação em áreas já densamente povoadas com custo de construção relativamente baixo irá atrair a atenção de outras cidades e poderá haver um "boom" desse tipo de obra pelo Brasil.

Entre as vantagens do monotrilho, o executivo enumera a relativamente baixa ocupação de espaços, a possibilidade se ser construído com pouca ou nenhuma desapropriação e a operação silenciosa (o trem é elétrico), de baixo impacto ambiental, tanto do ponto de vista sonoro quanto de interferência na paisagem urbana.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

MPF avalia construção de monotrilho em SP

30/12/2012 - Folha de São Paulo, Frederico Vasconcelos

A Procuradoria da República no Estado de São Paulo converteu em inquérito civil público procedimento administrativo (*) para apurar a regularidade da construção pela Companhia do Metropolitano de São Paulo do monotrilho que fará a ligação do aeroporto de Congonhas à rede metroviária.

O procedimento foi instaurado a partir de representação do Deputado Federal Ricardo Izar (PSD-SP), que questionou a pertinência do monotrilho para a implantação da Linha 17 – Ouro do Metrô, em especial no que tange aos efeitos ambientais no trecho de ligação da Estação Morumbi da CPTM à Estação São Paulo/Morumbi, da Linha 4 – Amarela.

Portaria de 18/12, assinada pela Procuradora da República Adriana da Silva Fernandes, remete os autos para perícia. Foi determinada análise técnica a ser elaborada por especialistas em biologia e engenharia florestal.

(*) Procedimento administrativo nº 1.34.001.004196/2012-18