terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Linha 18 terá R$ 520 mi em 2015

23/12/2014 - Diário do Grande ABC

Os R$ 520,3 milhões servirão para impulsionar as obras da Linha 18-Bronze no ano em que será colocada em prática a etapa física da intervenção.

Por Raphael Rocha | Diário do Grande ABC

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reservou R$ 520,3 milhões do Orçamento de 2015 para execução de obras da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra), a primeira a sair da Capital e que justamente chegará ao Grande ABC.

O recurso está presente na peça orçamentária aprovada na semana passada pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa – o montante total do Orçamento do Estado é R$ 204 bilhões para o próximo ano.

Os R$ 520,3 milhões servirão para impulsionar as obras da Linha 18-Bronze no ano em que será colocada em prática a etapa física da intervenção. Por enquanto, somente base técnica e algumas desapropriações foram acertadas entre o governo do Estado e o Consórcio ABC Integrado, vencedor da licitação e composto pelo grupo Primav (do qual fazem parte a empreiteira CR Almeida e a EcoRodovias) e pelas construtoras Cowan, Encalso e Benito Roggio.

No total, a primeira linha a sair da Capital custará R$ R$ 4,26 bilhões. A quantia é fatiada entre governo do Estado e União (R$ 1,92 bilhão) e setor privado (outro R$ 1,92 bilhão), já que o modelo escolhido de edital foi PPP (Parceria Público-Privada). Alckmin prevê R$ 407 milhões em desapropriações. A previsão de entrega é fim de 2017.

No modal de monotrilho, a Linha 18-Bronze terá 15,7 quilômetros de extensão, passando por São Paulo, São Caetano, Santo André e São Bernardo – segunda fase do plano, em estudo no governo do Estado, levaria o Metrô ao Grande Alvarenga, em São Bernardo. A fase inicial tem 13 estações, 33 trens, com previsão de atendimento de 377 mil passageiros por dia.

De acordo com a Secretaria do Estado de Planejamento, investimentos em Metrô somarão R$ 3,95 bilhões para o próximo ano, confirmando promessa de campanha de Alckmin de destinar aporte maciço ao transporte sobre trilhos na Região Metropolitana.

A Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim) tem reservada no Orçamento R$ 488 milhões para 2015. Projeto para construção da Linha 20-Rosa (Lapa-Moema) terá aporte de R$ 2 milhões.

Ainda segundo dados da Pasta de Planejamento, a Linha 5-Lilás (Adolfo Pinheiro-Chácara Klabin) receberá R$ 1,7 bilhão, o maior volume projetado. Expansão e manutenção da Linha 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente) terá R$ 698 milhões. A Linha 17-Ouro (Jabaquara-São Paulo Morumbi) abocanhará R$ 582 milhões. A Linha 4-Amarela (Luz-Butantã) conquistará R$ 280 milhões.

CPTM

Obras de modernizaçãoda Linha 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra) também estão inclusas no Orçamento de 2015. Estado prevê aportar R$ 14,9 milhões em intervenções, que englobarão obras civis, implantação de sistemas, reaparelhamento técnico e operacional, modernização das estações e inserção urbana.

Fonte: Diário do Grande ABC

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Representantes da Concessionária do Monotrilho falam na reunião da CTC

17/12/2014 - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo 



Presidente e diretor explicaram o projeto e como ocorrerão as desapropriações

Da Redação: Keiko Bailone | Foto: José Antonio Teixeira

A Comissão de Transportes e Comunicações (CTC), presidida pelo deputado João Caramez (PSDB), ouviu nesta terça-feira, 16/12, as explicações do presidente e diretor da Concessionária do Monotrilho da Linha 18, respectivamente Nicomedes Mafra Neto e Pedro Bernardes sobre como se dará a desapropriação de 220 moradores da região do ABC atingida pela Linha 18.

Essa concessionária, que adotou recentemente o nome de Vem ABC, foi a vencedora da licitação ocorrida em julho de 2014 para a construção de 15 quilômetros de monotrilho, que ligará as cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano à capital paulista.

O contrato prevê o início da concessão em 22 de fevereiro de 2015 e as obras a partir do segundo semestre desse ano, com prazo de conclusão em 2019. O engenheiro Pedro Bernardes, diretor da concessionária, disse tratar-se de uma Parceria Pública Privada (PPP) de valor vultoso, referindo-se ao investimento de cerca de R$ 5 bilhões previstos para a concessão, durante 25 anos.

Desapropriação incômoda

A reunião da Comissão de Transportes e Comunicações contou com a presença dos deputados Alencar Santana, Antonio Mentor e Gerson Bittencourt (todos do PT); Chico Sardelli e Marcos Neves (ambos do PV); Itamar Borges (PMDB); e Analice Fernandes e Orlando Morando (ambos do PSDB).

Morando foi o único parlamentar a questionar os convidados sobre a desapropriação que, segundo ele, "começou mal". O deputado criticou carta enviada aos 220 moradores que passarão pela desapropriação, comentando que, ao vê-la, pensou tratar-se de um "golpe", pois não havia timbre ou logo da empresa e nem dos órgãos oficiais que participam desse empreendimento, como o BNDES e governo do Estado.

Segundo Morando, a preocupação de moradores era a de que a desapropriação poderia se transformar num precatório. Destacou que não era contra o projeto do monotrilho e sugeriu que os critérios da desapropriação fossem divulgados num jornal de grande circulação. Cobrou, também, a instalação de um escritório da empresa para atender as demandas dos moradores que serão atingidos pelo traçado do monotrilho.

Bernardes explicou que o monotrilho se encaixa nas necessidades de transporte desses municípios, fazendo a ligação com a malha do Metrô e CPTM (Linha 2 - verde do Metrô e Linha 10 - turquesa da CPTM), com um nível de desapropriação menor do que outro tipo de modal.

Citando a legislação estadual e federal vigente sobre esse tema, observou que a indenização é calculada, levando-se em conta o valor de mercado do terreno, da construção e das benfeitorias feitas. Esclareceu que o tempo em que a pessoa habita o imóvel tem um peso relevante e que os valores, depositados judicialmente, podem ser contestados pelos expropriados. Bernardes disse entender que a desapropriação pode causar transtornos individuais, mas a prevalência é do interesse coletivo.

Antes da oitiva dos dois convidados, os membros da comissão aprovaram , em votação conclusiva, 11 projetos de lei que constavam na pauta dos trabalhos. A íntegra das proposituras constantes da pauta da reunião e sua tramitação podem ser consultadas no Portal da Assembleia - al.sp.gov.br " no link Projetos. A pauta completa da reunião está no link Comissões.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Consórcio acelera projeto metroviário da Linha 18 em SP

07/12/2014 - O Estado de S. Paulo

O Consórcio ABC Integrado, que conquistou a concessão da Linha 18 (Bronze) da Rede Metroviária de São Paulo, ainda aguarda o início da vigência do contrato para começar as obras do monotrilho. Mas enquanto a declaração de início do prazo de vigência do contrato não ocorre, o grupo, liderado pela Primav, do grupo CR Almeida, e com participação da Cowan, Encalso e a argentina Benito Roggio, já encaminha processos em várias frentes, visando a acelerar a construção. Com isso, a estimativa é que as obras possam ser iniciadas ainda no primeiro semestre do ano que vem.

O diretor Financeiro da CR Almeida, João Alberto Bernacchio, informou que a companhia já iniciou os trabalhos de elaboração de projeto executivo, além de ter contratado um assessor para as desapropriações necessárias e já estar em negociações para o financiamento. "A rigor, o projeto executivo deveria ser elaborado apenas após a eficácia do contrato, mas a antecipação desse trabalho pode permitir o início das obras dois a três meses após a eficácia, enquanto o contrato prevê um ano", disse.

Conforme Bernacchio, esse é um dos primeiros contratos de concessão em que há uma cláusula de eficácia, que prevê o início da vigência do prazo apenas após uma "etapa preliminar", durante a qual poder concedente e consórcio precisam cumprir determinadas atividades formais. Essa fase tem duração prevista de seis meses, prorrogáveis por mais seis. Como o contrato foi assinado em agosto, a estimativa é de que a vigência será declarada em fevereiro. "Nos antecipamos porque acreditamos que estará tudo certo", disse.

Desde o início, o consórcio afirma que pretende antecipar a conclusão das obras que, segundo o contrato, tem prazo máximo de quatro anos. A antecipação permitiria adiantar o início das operações, e consequentemente as receitas, garantindo maior rentabilidade para a concessionária. O consórcio foi o único a apresentar proposta pelo projeto, uma concessão patrocinada (PPP), exigindo um valor de contraprestação de R$ 315,9 milhões, com um deságio de 0,27% em relação ao valor máximo permitido.

Financiamento

Entre as atividades que o consórcio precisa realizar até fevereiro para obter a eficácia está a apresentação de um plano preliminar de desapropriação e um plano de financiamento detalhado da concessão, indicando as fontes de todos os recursos, próprios e de terceiros, que suportarão os investimentos em obras civis, sistemas e material rodante, assim como demais despesas da fase de implantação da linha.

Em contrapartida, o governo paulista precisa, entre outras atividades, apresentar a estruturação financeira definida do fluxo de aportes, abrangendo os recursos provenientes do Orçamento Geral da União e a aprovação do contrato de financiamento do BNDES.

A Linha 18 tem custo estimado de R$ 4,2 bilhões, dos quais R$ 3,8 bilhões no projeto e outros R$ 406 milhões em desapropriações. Do total, R$ 2,335 bilhões serão custeados pelo Estado de São Paulo e o governo federal contribuirá com cerca de R$ 400 milhões provenientes do PAC 2, para as desapropriações.

O BNDES deverá atuar como financiador, seja do aporte público seja do investidor privado, em um valor global que não deve superar os 70% do custo do projeto. Segundo o diretor da CR Almeida, a Linha 18 está em fase final de enquadramento no banco, o que deve ser concluído ainda este ano. Bernacchio comentou que, além do empréstimo do BNDES, a intenção do consórcio é obter um empréstimo dedicado para o sistema rodante, possivelmente no mercado externo, uma vez que parte dos equipamentos deverá ser importada.

Além disso, o grupo pretende ir a mercado, com uma emissão de debêntures que pode ser feita já em 2015. Ele indicou que a captação poderia somar R$ 400 milhões. "Mas ainda estamos em conversas preliminares, não tem nada definido", salientou. O BTG Pactual atua como assessor financeiro do consórcio.

A Linha 18 terá 14,9 quilômetros de vias e 13 estações, e deve interligar os municípios de São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo ao sistema metroferroviário paulistano por meio de integração na Estação Tamanduateí (Linha 2 - Verde do Metrô e Linha 10 - Turquesa da CPTM).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Alckmin nega erro em projeto do monotrilho

07/12/2014 - Folha de SP

Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, o governo estadual já sabia do córrego mas houve uma tentativa de construir as colunas das estações mesmo com o córrego.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou nesta quinta-feira (4) que uma falha no projeto do monotrilho da zona leste de São Paulo tenha paralisado as obras.

Segundo o governador, o Estado já sabia que existia um córrego que passa embaixo da avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello. Alckmin afirmou que a obra não está parada e que a informação divulgada está errada. "Não há nenhum erro [no projeto]. Já se sabia da existência do rio", disse.

A Folha publicou reportagem nesta quinta que engenheiros "descobriram" galerias de águas de um córrego embaixo da avenida.

O governo, agora, fez um novo projeto e decidiu mudar o córrego de lugar. Na prática, nos locais inicialmente desapropriados e depois descampados, não há como perfurar o solo para fincar a estrutura da estação, já que as galerias estão abaixo.

"A obra está em andamento. Temos oito estações todas em obras. Devemos ter lá quase 2.000 funcionários. Nesse trecho do córrego, no qual se está aprovando o projeto do novo canal com a prefeitura, da retificação da sua localização e a questão do impacto que terá na avenida Anhaia Mello, vamos fazer isso com o menor impacto possível", completou o governador.

Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, o governo estadual já sabia do córrego mas houve uma tentativa de construir as colunas das estações mesmo com o córrego. Como verificou-se que não era possível fazer isso, o governo decidiu desviar o curso das águas.

"Já sabíamos do córrego. Isso de fato era sabido [na fase do projeto básico]", disse. Fernandes explicou que no projeto básico da obra os engenheiros detectaram que havia o córrego mas não sabiam qual era sua dimensão, o que só foi descoberto na fase do projeto executivo, que é mais detalhado.

"O projeto básico só tinha detectado que era um córrego mas não a dimensão disso daí, e aí tomamos a seguinte atitude: não vamos mexer com as estações. Vamos mudar o córrego. Então, não há nenhuma alteração de projeto das estações e não há custos aditivos nas estações. O que vai acontecer é que estamos desviando o córrego e voltamos a fazer o corpo da estação onde já estava previsto. Mas você não pode fazer o corpo da estação hoje com o córrego embaixo porque a coluna da estação afetaria o córrego", afirmou.

A Folha apurou que a obra foi interrompida, e o Metrô, empresa do governo estadual responsável por essa linha, terá de readequar o projeto para ao menos três das oito novas estações. A última previsão da gestão tucana era entregar as estações em 2015 –agora devem ficar para 2016.

Hoje a linha funciona em fase de testes apenas no trecho de menos de 3 km entre as estações Vila Prudente e Oratório. Sob a condição de anonimato, engenheiros da obras disseram que as futuras estações de São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstói foram diretamente afetadas.

Apenas em São Mateus há colunas para a futura estação, mas a obra está parada. Nas demais, nada foi construído, e os terrenos seguem vazios. Nas áreas visitadas, funcionários trabalhavam nos trilhos ou nos canteiros próximos a colunas.

Fernandes, no entanto, afirmou que as obras das três estações estão paradas devido ao desvio. "O que ficou subentendido é que a obra do corpo da estação está parado, não está sendo feita. Mas temos oito estações sendo feitas em uma linha de 28 km. As três estações não estão sendo feitas nesse momento porque estamos desviando o córrego. Mas se você considerar que o desvio do córrego faz parte de toda a obra, ela não está parada", disse.

O secretário estadual não soube explicar o montante que deverá ser despendido a mais pelo governo para readequar o projeto. "O custo vai [mudar]. Estamos vendo isso e estamos calculando. Provavelmente a gente vai conseguir fazer isso dentro do aditivo da construção das estações. Não sei, sinceramente [quanto a mais custaria]. Custo a mais é pequeno. Vai caber dentro do aditivo", afirmou.

Alckmin e Fernandes estiveram em Brasília na manhã desta quinta para participar da assinatura de dois termos de financiamento entre o governo federal e o estadual para obras de saneamente básico e mobilidade urbana em um evento no Palácio do Planalto. O governo federal destinará para o Estado R$ 3,24 bilhões.

Fonte: Folha de S. Paulo/Revista Ferroviária

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Falha em projeto paralisa construção de linha do monotrilho de Alckmin

04/12/2014 - Folha de S. Paulo

Uma falha no projeto do monotrilho da zona leste de São Paulo vai atrasar e encarecer a obra do governo Geraldo Alckmin (PSDB), orçada em R$ 6,4 bilhões.

Engenheiros "descobriram" galerias de águas de um córrego embaixo da av. Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello. O governo, agora, fez um novo projeto e decidiu mudar o córrego de lugar.

Na prática, nos locais inicialmente desapropriados e depois descampados, não há como perfurar o solo para fincar a estrutura da estação, já que as galerias estão abaixo.

A obra foi interrompida, e o Metrô, empresa do governo estadual responsável por essa linha, terá de readequar o projeto para ao menos três das oito novas estações.

A última previsão da gestão tucana era entregar as estações em 2015 -agora devem ficar para 2016. Hoje a linha funciona em fase de testes apenas no trecho de menos de 3 km entre as estações Vila Prudente e Oratório.

A Folha visitou as áreas das futuras estações, entre Oratório e São Mateus.

Sob a condição de anonimato, engenheiros da obras disseram que as futuras estações de São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstói foram diretamente afetadas.

Apenas em São Mateus há colunas para a futura estação, mas a obra está parada. Nas demais, nada foi construído, e os terrenos seguem vazios. Nas áreas visitadas, funcionários trabalhavam nos trilhos ou nos canteiros próximos a colunas.

ADITIVOS

No ano passado, o então responsável pelo departamento de obra civil da linha 15, José Arapoty Prochino, afirmou à revista "Infraestrutura Urbana" que, devido à existência do córrego, seria preciso alterar a forma de instalar as fundações da linha. As obras da linha foram fatiadas em diversas licitações.

Um consórcio liderado pela empresa Somague foi contratado por R$ 144 milhões para erguer quatro estações -as três afetadas pelas galerias e uma quarta, Vila União.

Em outubro deste ano, o Metrô assinou o quinto aditivo nesse contrato, prorrogando o prazo de execução dos serviços para abril de 2015.

Uma concorrência de R$ 512 mil foi aberta no mês passado para a elaboração do projeto paisagístico e de engenharia do canteiro central, no trecho até São Mateus.

Prevista para ser concluída até o fim de 2015, a licitação visa contratar uma empresa para, entre outros serviços, projetar o tipo de "fundação adequado diante do comportamento do subsolo local".