terça-feira, 31 de março de 2015

Monotrilho deve levar um ano para operar em horário integral

31/03/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou na manhã desta segunda-feira, 30, que o primeiro trecho da Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo terá seu horário de funcionamento ampliado para 12 horas diárias ainda em abril. Mas o funcionamento integral da estrutura só ocorrerá em agosto, ou seja, um ano após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) entregar a obra. Na época, ele concorria à reeleição.

Com isso, o ramal passará a funcionar das 7h às 19h ainda neste mês. Hoje, o percurso de 2,9 km entre as Estações Vila Prudente e Oratório só ocorre das 9h às 14h. Esse trecho do monotrilho foi aberto ao público no fim de agosto de 2014, mas ainda segue fechado durante a maior parte do dia.

Pelissioni alegou problemas de fornecimento elétrico para justificar a demora de mais de sete meses para a entrega total das duas primeiras estações da Linha 15. Uma das promessas do governo estadual para a construção de monotrilhos era o menor tempo de execução da obra. Mas a construção da Linha 15 começou em 2010.

"Temos duas empresas fazendo serviços para que possamos estender o horário. Primeiro, é a (fabricante de trens canadense) Bombardier, que está  comissionando quatro trens para que a gente possa fazer a operação por 12 horas", disse o secretário. "Isso está sendo concluído nos primeiros dias de abril. E nós temos um problema lá com a questão da energia, que é um contrato (entre) Siemens e MPE. A Siemens oferece equipamentos e a MPE é que faz serviços de ligações de energia. A MPE está com problemas, vocês estão acompanhando a Operação Lava Jato."

Com isso, de acordo com ele, a Siemens está assumindo os serviços da parceira de consórcio. A Siemens foi a empresa que revelou a existência do cartel no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entre 1998 e 2008 (durante os governos dos tucanos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra). Ela é investigada pelo Ministério Público Estadual e seu ex-presidente no Brasil acabou indiciado pela Polícia Federal.

"Até o fim de abril, queremos colocar ali em operação comercial", disse ainda Pelissioni. Questionado, no entanto, se a operação já será comercial plena, ou seja, das 4h40 à meia-noite, Pelissioni disse que não.

"É o horário de 12 horas, das 7h às 19h. depois, a gente tem um outro plano de expansão para até agosto", afirmou Pelissioni. A Linha 15 terá 26,6 km de extensão, entre a Vila Prudente a Cidade Tiradentes, na zona leste, ao custo de RS 5,5 bilhões.

Linha 4. O governador Alckmin afirmou durante evento de chegada de um tatuzão à área da futura Estação AACD-Servidor, na zona sul, que há multa prevista para o consórcio Ixolux-Corsán-Corviam, responsável pela construção da Linha 4-Amarela, que está com as obras praticamente paradas desde novembro do ano passado. O tucano, porém, não informou qual é o valor da multa.

Na semana retrasada, numa reunião entre o governo, o Banco Mundial (um dos financiadores do empreendimento) e o consórcio, chegou-se à conclusão de que o consórcio ainda tocaria a construção das Estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire. As outras duas estações que faltam ser construídas no ramal (São Paulo-Morumbi e Vila Sônia) necessitarão do lançamento de um novo edital por parte do governo, o que deve ocorrer até junho.

"Tem multa e tem garantia. O que ficou acertado com o Banco Mundial? Duas estações que estão bastante adiantadas (Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire), ela (o consórcio) terminaria. Teria este mês de abril (para recomeçar as obras). Não é para enrolar, é para pegar para valer a obra, pegar rápido e terminar. E nós vamos licitar as outras duas, que é (São Paulo-)Morumbi e Vila Sônia", disse Alckmin, que não informou o valor da multa.

Os dois contratos assinados em 2012 com o Isolux-Corsán-Corviam para a segunda fase da Linha 4 custam R$ 550 milhões. O consórcio alegou que o Metrô deixou de fornecer projetos necessários à continuidade das obras. O Metrô, por sua vez, sempre culpou apenas o consórcio pela redução do ritmo das obras. Agora, a Linha 4-Amarela só deve ficar pronta em 2018, conforme um cronograma apresentado nesta segunda-feira pelo secretário Pelissioni. Quando o ramal começou a ser construído, em 2004, o prazo chegou a ser anunciado para 2010.

Linha 5. No caso da expansão da Linha 5-Lilás, Alckmin promete agora entregá-la em, sua maior parte, em 2017, no trecho que vai da Estação Alto da Boa Vista a Chácara Klabin. Das paradas que estão nesse segmento, apenas a Campo Belo ficará para o ano seguinte, por envolver "grande interferência", segundo Alckmin. A expansão da Linha 5 já chegou a ser prometida para 2015.

terça-feira, 10 de março de 2015

Monotrilho só ficará pronto em 2017

08/03/2015 - Gazeta de Santo Amaro

Nessa semana o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissoni, informou que a linha 17 ouro do Monotrilho, ficará pronta apenas em 2017. Os motivos são as dificuldades nas obras do pátio de manutenção e manobras, que está sendo construído em cima do piscinão da avenida Roberto Marinho. Esta é a terceira vez que o Governo do estado prorroga a entrega do monotrilho, inicialmente prevista para 2014. 

"Temos mais de mil estacas em cima do piscinão para construir o pátio, é uma obra mais complicada", disse o secretário. As obras foram iniciadas em 2011, com a promessa que o monotrilho ficaria pronto para a copa realizada ano passado. Inicialmente o estádio do Morumbi iria sediar jogos do evento, mas a mudança para o Itaquerão contribuiu para a prorrogação da linha que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi, e também às estações da linha azul do Metrô. A expectativa é que quando a linha ficar pronta, em 2017, atenda cerca de 100 mil pessoas por dia e beneficie tanto os moradores do Morumbi, Paraisópolis, quanto os passageiros que usam a linha 5 Lilás da CPTM e passam pela Marginal Pinheiros, todo o corredor da Roberto Marinho e linha Azul do Metrô.

Fonte: Gazeta de Santo Amaro
Publicada em:: 08/03/2015

Governo revê cronograma e metrô até Guarulhos fica para 2020

10/03/15 - Via Trólebus, Renato Lobo

Todas as seis linhas de metrô projetadas terão o cronograma revisto, inclusive a extensão da Linha-2 para Guarulhos. E sem prazo de entrega, afirma diretor do Metrô

Sem recursos, obras do metrô ficam sem prazo de conclusão
Sem recursos, obras do metrô ficam sem prazo de co
créditos: Reprodução
 
O governo de São Paulo apresentou um novo prazo para a entrega da Linha 2-Verde, na extensão entre a Vila Prudente e Guarulhos: 2020. A informação está na matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (8), na qual se apurou que o Palácio dos Bandeirantes está revendo os prazos de entrega de todas as linhas de metrô em construção. 
 
O projeto de extensão da Linha 2 do metrô rumo a Guarulhos, na Grande São Paulo, prevê um trecho de 14,5 km e 13 estações, passando pelas imediações do Shopping Internacional, e cruzando bairros da zona leste, como o Tatuapé, Vila Formosa e Penha, e conectando com as linhas 3-Vermelha do metrô e 11-Coral da CPTM. A proposta é transpor o rio Tietê, chegando em Guarulhos, segunda cidade mais populosa do estado.
 
Para atender a esta demanda será necessário comprar 35 novos trens, segundo estimativa do Metrô. As composições devem percorrer o trajeto entre a via Dutra e a Vila Madalena em 47 minutos, contra os 145 minutos feitos nos dias atuais.
 
Fala-se nesta expansão desde a década passada, e por diversas vezes o início das obras foi postergado. A última promessa é de que os trabalhos devem começar ainda neste ano.
 
Com falta de recursos para tocar as obras após 2015, a saída foi a revisão do cronograma das seis linhas de metrô previstas, afirmou o diretor de engenharia da companhia, Walter Castro, sem citar prazos. 

Mapa:

Deputados aprovam financiamento para desapropriações do Metrô ABC

08/03/2015 - Clique ABC

Da Redação - A Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) aprovou o Projeto de Lei 1.420/2014, que autoriza o Poder Executivo a realizar operações de crédito junto a instituições financeiras nacionais ou internacionais, organismos multilaterais e bilaterais de crédito, bancos privados nacionais ou internacionais, agências de fomento, agência multilateral de garantia de financiamentos.

O projeto a ser financiado representa o montante de até US$ 182.700.000,00 (cento e oitenta e dois milhões e setecentos mil dólares norte-americanos), cerca de R$493 milhões. Os recursos advindos dos empréstimos autorizados serão destinados para o programa de expansão da Linha 18 – Bronze, monotrilho que vai ligar o ABC a capital paulista. "O financiamento será destinado a custear as desapropriações necessárias à expansão da linha e serão realizadas ainda no decorrer deste ano", explicou o deputado Orlando Morando.

A Linha 18 – Bronze do Metrô, constitui-se de mais de 15 km de extensão, compreendendo 13 estações, ligando a região do Grande ABC com o sistema metroviário, por meio da integração na Estação Tamanduateí (Linha 2 – Verde do Metrô e Linha 10 – Turquesa da CPTM) e no corredor ABD, junto a Estação Paço Municipal e Djalma Dutra. "Mais uma vez me sinto honrado de estar como deputado estadual e poder dar a minha contribuição para viabilizar a chegada do Metrô ABC em especial para São Bernardo do Campo", concluiu o deputado Orlando Morando.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Monotrilho completa seis meses de testes

03/03/2015 - O Estado de São Paulo

Aberta ao público há exatos seis meses, a Linha 15-Prata da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), o monotrilho da zona leste de São Paulo, continua sem funcionar quando é mais necessária: nos horários de pico. O tempo de testes é recorde na história da empresa. O Metrô promete ampliar o funcionamento, que hoje é das 9 às 14 horas, ao longo deste mês. 

O custo total da obra chega a R$ 6 bilhões. O monotrilho é um projeto da empresa canadense Bombardier. O primeiro orçamento, divulgado em 2011, calculava que a ligação de 16 quilômetros, entre a Vila Prudente e Cidade Tiradentes, no extremo leste, custaria metade disso. Quando ficar pronta, a linha terá 17 estações.

O ramal em operação liga a Estação Vila Prudente, da Linha 2-Verde, à Estação Oratório, exclusiva do monotrilho, passando pela Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Mello. A visita assistida, que o Estado fez duas vezes na semana passada, já permite desmistificar algumas polêmicas levantadas ao longo da construção da obra, feita em meio a desconfianças diante do novo modal, um dos primeiros do mundo. Metrô diz que não há problema de segurança.

Impressões. A primeira dúvida era se o transporte poderia fazer surgir um novo "Minhocão", trazendo degradação urbana à zona leste. "Não ficou feio, não, e não atrapalhou a paisagem. Para falar a verdade, ficou até bonito", avalia o estudante Pedro Marinho, de 22 anos, morador da região que também viajou pela primeira vez no monotrilho na semana passada.

Embaixo das vigas, o governo do Estado já concluiu a instalação de jardins e de uma ciclovia. O viário foi recapeado. E as benfeitorias foram exploradas pelo mercado imobiliário, que instalou e vendeu prédios de alto padrão ao redor do novo ramal.

Já dentro do trem a desconfiança é maior. Chama a atenção o balanço da composição, que chacoalha conforme desliza pelos trilhos de concreto. "Agora, com ele vazio, tudo bem, é confortável. Mas estou sentido falta de lugar para segurar, o que vai ser um problema quanto isso aqui estiver lotado. Faltam também bancos", disse a estudante de Arquitetura Rebeca Correa, de 21 anos. Ela e um grupo de colegas de sala, que estudam ali perto, decidiram visitar a obra na semana passada quando saíram da faculdade.

"O morador da zona leste, de Cidade Tiradentes, vai optar por esse meio porque vai ser mais rápido para chegar ao centro do que ir de ônibus. Não será por causa do conforto", avalia outra integrante do grupo, Liliane Canuto, de 22 anos. Por dia, a linha tem recebido cerca de 800 pessoas, segundo o Metrô. Quando estiver pronto, o ramal deverá ser usado por 500 mil paulistanos. O trajeto passa ainda por São Mateus, Sapopemba e pelo Jardim Planalto.

Vila Prudente. Até hoje, nos 41 anos de história do metrô, o maior período de testes na empresa havia sido a extensão da Linha 2-Verde até Vila Prudente. O atraso era decorrente da chegada de um novo sistema de controle de trens.

Mesmo lá, cinco meses após a abertura, a linha já funcionava nos picos. A Linha 4-Amarela demorou um ano para operar o dia inteiro, mas é de responsabilidade da empresa ViaQuatro.